Passamos nas aduanas Argentina/Chile, e do lado chileno, aproveitamos para sair um pouco da nossa rota e conhecer o Parque Pinguino Rey (pago, aceita cartão). Nesse parque é necessário agendar visita pelo site. Ali em uma visita guiada por uma pequena trilha, vimos os Pinguins Rei (os segundos maiores do mundo, com quase 90cm). Legal demais! Nessa reserva não é possível vê-los de perto, mas tem uns binóculos no local que possibilitam uma vista bem aproximada.





Continuamos na estrada, e na fila da balsa, percebi que o pneu traseiro estava murcho e todo deformado (defeito de fabricação). Ali mesmo troquei, e terminei de encher o estepe, que estava meio murcho – aff! Seguimos, passamos a outra aduana e toca viagem… Paramos em El Calafate. Cidade cara, tudo lotado, que perrengue pra achar hospedagem! Já por volta das 23h, acabamos ficando em um hotel, Kelta. Não muito barato, e atendimento ruim.

Tomamos café da manhã no hotel (fraco), seguimos viagem. Ainda próximo a El Calafate, fomos para o Parque Nacional los Glaciares. Pago, ótima estrutura.

Seguimos de carro alguns quilômetros no parque, paramos em alguns mirantes, e chegamos no estacionamento. Lá, os visitantes pegam um ônibus (gratuito) que leva ao início das passarelas com vista para o Glaciar Perito Moreno. O Glaciar é um acúmulo de gelo imenso que desce da cordilheira até o Lago Argentino. Os blocos de gelo vão de descolando do glaciar e caem, fazendo estrondos. O Glaciar ao todo tem cerca de 400km de extensão, e cerca de 50m de altura na parte onde é visitado. O glaciar é incrível, vale demais conhecer! O parque tem várias passarelas, e caminhos para ver o glaciar de vários ângulos. Dica: Leve blusa, gorro, luvas… o vento que vem do glaciar é forte e gelado!








Saímos do parque e pegamos estrada, pela Ruta 40, em direção ao norte. Já no final da tarde, ainda nessa rota, pegamos um trecho de 70km de rípio (terra, pedra). E aí começou o perrengue! Nessa hora, lembrei que dois dias antes, o pneu tinha murchado e esquecemos de resolver isso, ou seja, estávamos sem estepe.

Passamos o trecho de rípio, começou de novo o asfalto, e adivinha… o pneu furou! Cara, em plena Patagônia, na Ruta 40 (que não passa quase ninguém), a 60km da cidade mais próxima, lá estávamos nós. Um pneu RASGADO (sim, porquê com o vento chacoalhando o carro, não percebemos que ele murchou e a roda cortou a borracha), e o outro pneu defeituoso que não estava segurando ar como estepe. Ótimo!

Resolvemos do jeito que deu. Colocamos o pneu soado no lugar do rasgado, enchi um pouco (estava com medo de encher demais e estourar as bolhas que estavam nele), e aí fomos rodando bem devagarinho e a Mi olhando fora do carro para ver se ainda tinha ar no pneu. Os dois com o c* na mão.

Ufa! Quase à noite chegamos em Gobernador Gregores. Passamos num posto, enchemos o tanque, enchi um pouco o pneu zuado e fomos pra uma pousadinha. Simples, barata e limpinha. Tudo ok. Dormimos.
Acordamos cedo, a Mi ficou na pousada e eu fui na Gomeria (Borracharia) Javier. O proprietário (Kito) Trocou o Pneu, peguei um usado para o estepe, e conversa vai, conversa vem, ele disse que trabalha com madeira, e fez muitas coisa na cidade, como letreiros, mirantes, a casa do turista… sei que no final da manhã tínhamos feito amizade com ele, e nos levou para conhecer sua irmã (Kita), que é artesã! Ali ficamos até o meio da tarde batendo papo com eles! Turma gente boa!
Bom, pneus arrumados, seguimos viagem novamente. Ah, mais uma dica. Na Patagônia, as distâncias são enormes (coisa de ficar 3h sem ver nenhuma cidade ou posto de combustível), então planeje os trajetos, abasteça sempre que puder, e lógico, não fique sem estepe em momento algum!
Rodamos bastante, e nesse trecho, a estrada estava com muitos buracos, e uns pedaços curtos de rípio. Cuidado com os Guanacos (parentes das lhamas). Em vários momentos eles aparecem ao lado, ou no meio da estrada, atravessam… Fique atento!

Chegamos na cidade de Perito Moreno no final da tarde. Ali ficamos em uma casinha pelo Air BNB também 🙂

Continua no próximo post!
