ESPECIAL – MUNDO SUBTERRÂNEO

Há uns meses atrás, acompanhando a Michelle em um curso em Campinas, resolvi visitar a sede da SBE (Sociedade Brasileira de Espeleologia), e fui prontamente bem atendido pelo Lucas, funcionário da sede, que abriu a biblioteca em um sábado à tarde só para mostrar o acervo, interessantíssimo, por sinal. Fica localizada no Parque Taquaral, que também é um atrativo à parte.

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Entrada da sede

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Sede da SBE no parque Taquaral

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Parte do acervo da biblioteca

Boletim da SBE – Visite o site e receba, é gratuito!

Então, tive a ideia de reunir nesse post algumas cavernas que visitamos e suas curiosidades. Ainda não conhecemos muito sobre elas, mas estamos no caminho, e sempre que temos oportunidade, aprendemos um pouco mais sobre esse curioso patrimônio natural sob nossos pés. E agora, vou tentar passar adiante um pouco do que vimos e aprendemos sobre cavernas.

As formações que vemos, chamadas em geral de espeleotemas, são normalmente compostas de calcário, que vai se dissolvendo com a água no decorrer de milhares de anos. Quanto mais úmido é o lugar, mais água escorre pela caverna, e mais e maiores espeleotemas existem ali. Alguns deles:

Estalactite: São aquelas “pontas” que descem do teto. É onde a água escorre e vai dissolvendo os minérios do teto da caverna.

Estalagmite: São as pontas que saem do chão, onde a água vai pingando. Normalmente logo acima de uma estalagmite há uma estalactite.

Coluna: É quando uma estalactite se junta à uma estalagmite, formando um pilar.

Cortina: Uma espécie de estalactite, que ao invés de pingar, vai escorrendo e forma algo que se parece mesmo com uma cortina. Às vezes são tão finas que luz da lanterna transpassa elas.

Helictite/Heligmite: É, de grosso modo, uma “estalactite torta”. Ocorre quando ela não segue o caminho normal, indo em direção as laterais, ou mesmo para o sentido oposto de onde saiu. Devido a diversos fatores, ela vai tomando formas curiosas e tortas.

Flor de Aragonita: Um espeleotema raro, tem o aspecto de uma estrela de calcário, saem pontas para todos os lados a partir do centro.

Bolha de Calcita: Só vimos essa formação na Gruta da Torrinha, na Bahia. São bolhas ocas, muito finas de minerais. Parece uma casca de ovo.

Agulhas de Gipsita: Também vimos na Gruta da Torrinha. São agulhas muito compridas e finas (co até 40cm de comprimento!), muito transparentes, com aspecto de cristal. Ficam no chão, espalhadas.

Pérolas: Devido ao gotejamento e ao local em que essa água cai, os minerais vão girando e se solidificando, tomando a forma de pequenas pérolas brancas.

A primeira grande caverna que conhecemos foi a Caverna do Diabo, no Vale do Ribeira, cidade de Eldorado-SP. Toda estruturada para receber turistas, com passarelas e escadas. Apesar de ser uma das maiores cavernas do país em extensão, apenas alguns metros são abertos ao turismo. Serviu para aguçar nossa vontade de conhecer cavernas!

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Estalagmites (que saem do chão), na Caverna do Diabo

Agora, o famoso PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira), que se localiza no sul do estado de São Paulo, em meio à Mata Atlântica. O parque conta com mais de 300 cavernas, dessas, apenas 10 abertas à visitação turística. vale lembrar que só é permitida (e prudente) a entrada em cavernas acompanhados de um guia.

Em 2012, passamos 3 dias no PETAR, e conhecemos diversas cavernas, entre elas:

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Caverna do Morro Preto

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Uma grande coluna no centro da caverna

Conhecemos também a Caverna da Água Suja. Dentro dela há um rio, com uma pequena cachoeira. Sensacional!

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Outra caverna com água, muito legal, é a Alambari de Baixo:

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Para entrar, é preciso se molhar (gelado!!!)

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Entrada da caverna

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É preciso passar entre as estalactites (teto)

Vale lembrar também, que quando visitamos o PETAR, ficamos hospedados no Camping do Dema, em Iporanga-SP, e o dono (o próprio Dema) nos atendeu super bem, e ainda no último dia nos guiou pela Caverna Santana, e vimos que ele é um excelente guia. Fica a dica!

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Dema na Caverna Santana

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“Espeleotetas”

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Colunas

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Cortinas

No último dia de PETAR conhecemos o Adriano, da cidade de Votorantim, muito gente boa também, bom conhecedor da região, nos levou até a sensacional Caverna da Laje Branca, que não é aberta a turistas, e, por isso, super bem conservada.

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Caverna da Laje Branca, vista de longe

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Entrada da caverna

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Estalactite

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Formação conhecida como “pérolas”

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E o “Bolo de Noiva”

Outra viagem  sensacional que conhecemos cavernas inesquecíveis foi na Chapada Diamantina, na Bahia, também em 2012. Os belos lagos “Poço encantado” e o “Poço Azul”, esse último com a água tão transparente que nas fotos, parece que estamos voando!

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Poço Encantado

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Poço Azul

 E ainda na Chapada Diamantina, incrível Gruta da Torrinha, com espeleotemas sensacionais. Algo inédito para nós!

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A entrada da caverna

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Flores de aragonita

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Fileiras de estalactites

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Agulhas de Gipsita

Também, na Bahia: A enorme caverna Lapa Doce, a Lapa do Bode, e, a Lapinha, que entramos nadando, com snorkel e colete salva-vidas.

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Entrada da Lapa Doce

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Formação conhecida como “Rabo de Baleia”, também na Lapa Doce. A cor avermelhada é devido ao ferro contido no solo.

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A seca e quente Lapa do Bode. Repare nos sedimentos das paredes.

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E a encantadora Pratinha

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Pratinha

Em Minas Gerais, conhecemos algumas cavernas muito bonitas também, com estrutura para turistas (passarelas, corrimão e iluminação artificial).

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A gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas-MG

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E a Gruta da Lapinha, em Lagoa Santa-MG

Em uma outra viagem, anos depois, conhecemos a Gruta dos Palhares, na cidade de Sacramento-MG. O local é um belo parque com lagos, trilhas, restaurantes, etc.

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Gruta dos Palhares

Também em Minas Gerais, ainda em outra viagem, em 2009, conhecemos a Gruta do Carimbado em São Thomé as Letras, e várias outras cavernas, menores, no Parque Estadual da Serrado Ibitipoca.

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Gruta do Carimbado

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Gruta dos Três Arcos, no P.E. da Serra do Ibitipoca

É claro, e na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, conhecemos mais algumas cavernas.

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Caverna Aroe Jari

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Lago Azul, também na Chapada

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Caverna Kiogo Brado

Retornando ao assunto do início do post, a Sociedade Brasileira de Espeleologia publicou algumas fotos das viagens do Revolteio no boletim mensal SBE Notícias. Uma grande oportunidade de divulgar nossas viagens e compartilhar com os leitores algumas fotos interessantes do nosso belo patrimônio espeleológico! Confira:

SBE Notícias 342 (01/06/2016)

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SBE Notícias 350 (01/10/2016)

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SBE Notícias 356 (01/01/2017)

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