Serra da Canastra. Um lugar sensacional, com jeitinho caipira, e ainda assim, um pólo de ecoturismo, que na nossa opinião está no nível das chapadas que conhecemos pelo Brasil. Pertinho do estado de São Paulo. Tanto que aproveitamos uma viagem a trabalho em Guaíra para esticar até o sul de Minas e conhecer esse maravilhoso Parque Nacional.
Entramos por Sacramento, que já está praticamente na Canastra (aliás, a dica é comprar queijo em Sacramento, bem mais baratos ali), percorremos uns bons quilômetros de estradas de terra, que seriam só o começo

É claro que o Google Maps nos mandou pelas estradas mais aleatórias.


Contornamos o parque pela face norte, e nossa primeira parada foi a Cachoeira da Parida.

Como a maioria das cachoeiras dos arredores do parque, é cobrado uma taxa de visitação. Nesse caso, meio salgado (R$20 por pessoa), visto que no local não há nenhuma estrutura como indicações, banheiros ou lixeiras.
Ok, segue o rumo. Fizemos uma trilha de uns 15 minutos, e chegamos à primeira piscina natural. Funda, e de tamanho razoável, tem uma pequena cachoeira. Para continuar até a cachoeira da Parida, é necessário atravessar essa piscina natural e escalar as pedras para seguir em frente.

Atravessamos, escalamos, e fomos adiante. Subindo pela margem do rio, passamos por alguns canyons e piscinas naturais muito bonitos.

Enfim, chegamos à Cachoeira da Parida propriamente dita. Um lago enorme, muito fundo e transparente, onde duas cachoeiras bem alta desaguam. Lugar maravilhoso. Ficamos ali curtindo durante um tempo. A beleza do local é tanta, que a água gelada vira um mero detalhe.

Voltamos para o carro, e continuamos a viagem. Muitos e muitos quilômetros de terra beirando o Parque nacional da Serra da Canastra. É interessante como se parece uma chapada, com os paredões quase verticais e o topo plano. Da estrada, mesmo estando a alguns quilômetros dos paredões, é possível avistar algumas cachoeiras que despencam lá do alto! Sensacional!

Paramos em São João Batista da Canastra, um pequeno povoado no pé da serra. Lá visitamos a Cachoeira do Jota (uma das poucas gratuitas). Muito bonita, vale a pena visitar. É possível enxergar a queda de onde se estaciona o carro. A água desce pela pedra por caminhos aleatórios, e cai em um lago raso com areia.


nesse mesmo povoado, há uma portaria do parque nacional. Vale lembrar que nessa portaria não é cobrada taxa de entrada. Pegamos umas dicas com a funcionária da portaria e entramos no parque.

O Parque Nacional da Serra da Canastra tem uma estrada principal que corta o parque de leste a oeste, toda de terra, no topo da serra. De lá, saem estradas secundárias que levam aos atrativos de dentro do parque. É interessante como a vegetação muda na parte alta da serra.
Já era por volta das 16h, saímos da estrada principal do parque para visitar a Cachoeira do Fundão (dentro do parque). Seguimos uns quilômetros, e demos de cara com uma placa “Acesso somente para veículos 4×4”. Vish! Vamo que vamo!


E aí foi… barranco, erosão, pedra, vala… nem parecia uma estrada. 10km que levam quase uma hora para serem percorridos.
Faltando alguns poucos quilômetros para chegar no final da estrada, demos de cara com uma Pajero TR4 afundada em uma vala. E o motorista e passageiros tentando tirar ela de lá. Bora ajudar! Conversamos, pensamos, aí com a ajuda deles, manobrei a Jubis e entrei com ela de ré com as rodas nas laterais da vala, amarramos a fita de reboque, e Tcharam! Saiu fácil!

Como já estava meio tarde pra descer para a cachoeira (ainda teria uma trilha a ser percorrida a pé com mais de meia hora), voltamos todos.
Ainda paramos na Garagem de Pedra, uma construção bem antiga, obviamente feita de pedras, em um morro bem alto, com uma vista sensacional da serra. Ainda curtimos o pôr-do-sol lá!




Chegamos em São Roque de Minas por volta das 19h, e após pesquisar um pouco, nos hospedamos na Pousada Fazenda, bem arrumada e limpa, um café da manhã muito bom, a preço justo.
Dia seguinte, tomamos café e entramos no parque. na portaria de São Roque de Minas é cobrado R$10 por pessoa.

Nossa primeira parada dentro do parque foi a Nascente do Rio São Francisco. Uma trilha a pé bem curtinha leva até a nascente, com a emblemática estátua do santo ao lado. Água incrivelmente limpa.


Passamos também pelo Curral de Pedras, que tem uma vista bacana da serra.

Fomos então para a parte alta da Cachoeira Casca d’Anta. Cerca de 15km depois da nascente, o Rio São Francisco já está com um volume de água um pouco maior, e forma umas piscinas naturais maravilhosas, onde é possível nadar.


No local há estacionamento e banheiro. Tem mais uma queda que forma um lago muito fundo antes da queda principal, e também algumas trilhas para um mirante. Há também uma trilha que liga a parte alta até a parte baixa da cachoeira.



A Casca d’Anta não é visível da parte alta do parque. É necessário ir até a portaria de São José do Barreiro, na parte baixa. Mas isso é assunto para o próximo post.
Saindo de lá, fomos para a Cachoeira do Fundão, a do caminho offroad, lembra? Pois é, teimosos, fomos pra lá.

E desce barranco, vala, pedra, buraco… cerca de 40 minutos descendo os 10km críticos, chegamos à uma casinha e estacionamos. Seguimos a pé por uma trilha por cerca de 30 minutos até chegar à cachoeira. Linda, de tirar o fôlego! Uma das mais bonitas de lá!


Um lago enorme, muito fundo e uma queda de cerca de 80 metros e muito volume d’água! O vento causado pelo deslocamento de ar da cachoeira é sentido a muitos metros do lago! Lógico que ficamos ali um bom tempo, nadamos e curtimos muito o lugar. Demais!!!

Voltamos, pegamos a Jubis, e subimos toda a ribanceira. À tarde, demos umas voltas pelas estradas de terra da região.


Continua no próximo post…
.
SIGA O REVOLTEIO NAS REDES SOCIAIS:
Olá, parabéns pelo conteúdo.
Pra chegar na Parida precisa de 4×4?
Qual a dificuldade de atravessar a piscina e escalar a cachoeira para o segundo estágio?
CurtirCurtir
Bom dia, Abner!
Pra chegar na cachoeira é tranquilo. Dá pra ir com carro de passeio mesmo.
Pra atravessar o lago pra outra queda vai nadando, e pra escalar a primeira queda dá um trabalhinho mas vai de boa… nao é alta
CurtirCurtir