VALE DO CATIMBAU (PE) – DEZ 2022

Saímos de Paulo Afonso/BA (confira no post anterior) cedinho, e fomos para o interior de Pernambuco, rumo ao Vale do Catimbau. Chegamos então no início da tarde na cidade de Buíque, a mais estruturada perto do vale. De lá seguimos para a Vila do Catimbau, onde fica o vale e possui alguma estruturas simples de hospedagem. Lá também é onde se contratam os guias para os passeios no parque. O Vale do Catimbau é um Parque Nacional administrado pelo ICMBio e fica na Caatinga, região semiárida do interior nordestino. Só é possível percorrer as trilhas do vale acompanhados por guias credenciados.

Contratamos o Guia Wellington, credenciado. Sem comentários, o cara é excelente, muito profissional. Conhece muito bem a região, e sabe conduzir os passeios com segurança e muitas informações interessantes. Recomendamos!

Guia Wellington – Whats (87) 99627-2980 (Confira o Instagram dele clicando aqui)

Uma das inúmeras paisagens do Catimbau

Informações importantes para quem visita o Vale do Catimbau: Por conta do sol muito forte, os passeios normalmente são feitos até às 11h e recomeçam à 15h. Leve bastante água para as trilhas, blusa leve que cubra os braços e chapéu. Protetor solar e repelente também são importantes. A maioria dos atrativos ficam em propriedades particulares, então muitos delas cobram entrada à parte, entre 10 e 20 reais (Consulte com o guia). O mais interessante é ir com veículo próprio, mas atenção, as estradas para os atrativos são todas de terra, e nem todas estão em boas condições.

No início da tarde nos encontramos com o Wellington na Associação de Condutores de Turismo, que fica bem no centro da vila. De lá saímos para o primeiro passeio, a Trilha do Cânyon. Uma trilha fácil, de 2km, que já dá uma boa idéia do que iríamos ver nos passeios. Formações rochosas interessantíssimas, vistas de perder o fôlego e a vegetação da caatinga, que é uma atração à parte.

Início da Trilha

Nessa trilha vimos a Pedra do Jacaré, e também pedras enormes, que parecem torres nas laterais da trilha. O que é muito comum na região são as formações tipo casco de tartaruga, onde as rochas ficam todas “escamadas”, muito interessante. No final da trilha é possível avistar os canyons, que emolduram o Vale do Catimbau!

Formações rochosas do tipo “Casco de Tartaruga”
Vistas incríveis!

Retornamos ao carro, e fomos então até a Trilha do Santuário. Subimos de carro até o início da trilha, o que já economizou uma boa andada. A trilha completa tem 5km, mas andamos bem menos.

Uma das vistas na trilha
Coroa de Frade – Cactos nativo da região

Essa trilha leva a um dos atrativos mais interessantes do vale, o Santuário. O local parece um anfiteatro de pedras, formado naturalmente pelas ações da natureza no decorrer de milhões de anos. Provavelmente lá foi utilizado por homens pré-históricos e índios para praticar rituais. Incrível!!!

Chegando no Santuário
O Santuário!

Voltamos para a vila e fomos para o Camping do Rindo. Camping legal, boa estrutura e preço justo. No dia seguinte, acordamos cedinho e fomos para a Trilha das Torres. Trilha sensacional, de 2km, com uma vista linda para a Pedra do Cachorro e também a Serra dos Lapiais. A trilha tem bastante subida, e em alguns momentos passamos perto de penhascos, lugares sensacionais, um passeio pra quem gosta de aventura!

Acampados sob os pés de caju
Início da trilha
Mais formações “casco de tartaruga”
A Pedra do Cachorro ao fundo
Uma das Torres
Guia Wellington na frente
As Torres!

Voltando desse passeio, ainda conseguimos fazer mais duas trilhas. Juntas somam mais de 10km, mas conseguimos poupar mais da metade do caminho por estarmos com veículo 4×4. A trilha da Loca das Cinzas e a Casa de Farinha são relativamente próximas uma da outra e é possível visitar as duas no mesmo passeio. Ambas tem pinturas rupestres incríveis!

Cenas de sexo nas pinturas rupestres!
Outras inscrições, de milhares de anos
As rochas utilizadas para fazer as pinturas
A antiga Casa de Farinha

Voltamos para o camping, almoçamos, descansamos, e na parte da tarde saímos para mais uma trilha, Umburanas. Essa trilha é curta (cerca de 1km) e é interessante pois nela vemos inúmeras formações rochosas com formas de animais, navio, bruxa, etc.

Casa de farinha, feita de adobe – no início da trilha
Pedra da Bruxa
Pedra do Navio
E esse horizonte nos acompanhou durante toda a trilha

Nossa penúltima trilha foi a da Igrejinha. A trilha é bem curtinha (cerca de 500m de onde para o carro), e bem plana. A Igrejinha é uma formação rochosa bem alta com um buraco no meio, que lembra uma catedral. Um dos cartões postais do parque!

Trilha bem curtinha
Igrejinha

E já no finalzinho da tarde fomos para a Trilha do Chapadão, para ver o pôr-do-sol. Para chegar a trilha, percorre-se um trecho de carro, e deixa ele em um estacionamento. A trilha de 2,5km é plana, com alguns desníveis leves no final. É uma trilha muito procurada (tanto que quando chegamos no mirante estava lotado). A trilha leva a um mirante de tirar o fôlego, de onde se avista uma grande planície emoldurada por um enorme canyon em forma de “U”. Lugar maravilhoso para apreciar o pôr-do sol.

Uau!
Chapadão

Nos despedimos do Guia Wellington, voltamos para o camping cansados e felizes, e descansamos para no dia seguinte seguir viagem (de volta ao litoral!) – E continua no próximo post!

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