FURNAS E GUAPÉ/MG – DEZ 2015

Esse ano peguei minha folga (4 dias) no natal, de quinta a domingo. A princípio, íamos para o litoral do Paraná, em Guaraqueçaba. Mas a viagem iria durar quase 10 horas (fora a quantidade de pedágios), e como o tempo estava bem chuvoso por lá, resolvemos mudar os planos de última hora. Resolvemos conhecer melhor a região de Furnas, em Minas Gerais. Como em outubro fomos com pouco tempo, fomos novamente para mais um revolteio pelo “Mar de Minas”.

Saímos de Bauru na quinta às 6hs da manhã, com o Kit de Conversão instalado na Montana e tudo nos conformes. Depois de mais de 400km rodados, chegamos lá na hora do almoço. Passamos pela cidadezinha de São José da Barra-MG, a primeira da região de Furnas para quem chega de Ribeirão Preto/SP. Apesar do feriado de natal, as estradas estavam sem movimento. Paramos ao lado da represa de furnas, tiramos algumas fotos e ficamos observando aquela água azul do lago.

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Barragem de Furnas

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Parte de baixo da represa

É claro que não iríamos ficar novamente no Camping Quebra Anzol (ver o porquê no post anterior). Fomos direto procurar outro lugar, primeiro fomos no Paraíso Perdido. O local estava bem vazio, e mesmo assim, foram irredutíveis no valor. R$35 por pessoa para passar o dia e mais R$35 para acampar, somando R$70 reais por pessoa a diária do camping. O lugar é bonito, mas não é para tanto, R$70 é preço de pousada! E não nos deram nenhum descontinho para passar os 4 dias. Saímos de lá e continuamos na mesma estrada de terra até o Camping Pé da Serra. De cara já gostamos do lugar: Bem isolado da cidade, administrado por uma família que mora lá (super receptivos), poucas barracas (e todos civilizados), e localizado às margens do Rio Quebra Anzol, o mesmo rio que passa pelo caríssimo Paraíso Perdido e pelo lotadíssimo Camping Quebra Anzol (70 barracas por m²).

No Camping Pé da Serra, pagamos R$30 cada um a diária. O local tem estrutura boa, conta com banheiros com chuveiro quente, pias e churrasqueiras, bar e restaurante, pousada, só deixa um pouco a desejar nas áreas com sombra (como os outros da região, no cerrado), mas como não tinha muita gente, conseguimos um lugar bom.

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Camping Pé da Serra

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Local onde ficamos

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O riacho, o camping e um paredão de pedra ao fundo

 Onde montamos nossa barraca, havia um monte de árvores de pequi, fruta típica do cerrado. Acho que nunca tinha visto tanto pequi maduro na vida. O chão estava cheio, e as árvores, mais ainda! É claro que comi um monte, e enchi a boca e mãos de espinhos (rs). Ah, sim, e trouxemos uma sacolada para Bauru quando voltamos.

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As árvores lotadas de pequi

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Quando amadurecem, racham e caem no chão

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A polpa parece uma gema de ovo !

Dessa vez, nos esquecemos de levar algumas coisas importantes, como garfos, colheres, violão e repelente. Fomos resolvendo isso aos poucos (rs). Almoçamos e saímos do camping por volta das 14hs. Como não poderia deixar de fazer, passamos nos canyons ás margens da rodovia MG-050. Como o sol estava a pino, nos surpreendemos mais ainda com a cor da água ! ainda ali, nos canyons ao lado, é possível ver uma cachoeira que deságua na represa.

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pessoas nadando lá embaixo

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Canyons da represa de Furnas

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Cachoeira no canyon

Não sei por que diabos, quando fomos para lá com meus primos em outubro, não vimos a Cachoeira Cascata, também às margens da MG-050, do lado oposto dos canyons. Acho que passamos olhando para os canyons e não vimos a cachoeira bem ao nosso lado. Com entrada gratuita, basta estacionar o carro no acostamento em frente aos canyons (é fácil de encontrar, fica cheio de carros na beira da pista) e atravessar a rodovia. Pronto ! É só ir subindo a trilha ou o leito do rio, que tem vários lagos e quedas d’água. A terceira queda é sensacional ! Como as pedras de lá são do tipo São Tomé (aquelas usadas na beira de piscinas), as cachoeiras e os caminhos são cheios de degraus e ângulos. o poço da terceira queda é quadrado, parece uma piscina ! E a água, super limpa (e gelada) !

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Primeira queda

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Primeira queda vista de cima

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Lagos pelo caminho

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Terceira queda

Voltamos para o camping no final da tarde, e descemos para o Rio Quebra Anzol (no próprio camping) para dar uma olhada. É claro que adoramos, a água também é limpíssima, e o leito do rio é todo de pedras, e forma diversos lagos de diversos formatos e profundidades.

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Rio Quebra Anzol

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Vários lagos, limpíssimos !

Já quase de noite, voltamos para perto da barraca para preparar nossa “Ceia de Natal”. Naquela hora percebemos o quão importante é levar repelente. O nosso, que já estava no finalzinho acabou ali, na metade da perna (rs), e os mosquitos, pernilongo, etc fizeram a festa.

Preparamos tudo, colocamos um pano no chão e ficamos ali. Ao anoitecer, pelo menos os insetos deram uma trégua. Ah, e a lua estava enorme, muito clara, dava para andar pelo camping sem lanterna! Ficamos ali comemorando até tarde nosso natal juntos, bem ao nosso estilo, acampando! Só faltou o violão.

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Anoitecendo no camping

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Nossa Ceia de Natal

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Lua sensacional !

No dia seguinte acordamos muito cedo, e nos deparamos com um céu surpreendente ! Alaranjado, quase vermelho !

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Céu surpreendente !

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E nada disso tem Photoshop ! É tudo natural !

Mais tarde tomamos café da manhã (tudo preparado por nós mesmos), e fomos conversar com a Dona Maria, proprietária do camping. Ela nos informou sobre uma trilha que tem início perto do restaurante do camping e vai acompanhando o Rio Quebra Anzol até o Paraíso Perdido. Aliás, ela também nos disse que boa parte do rio que o Paraíso Perdido utiliza é propriedade do Camping Pé da Serra, então se quiséssemos, poderíamos entrar no Paraíso Perdido se quiséssemos. Muito bom. Pegamos a mochila, e fomos para a trilha. O caminho é bem sinalizado, e o sol muito quente na cabeça. Como a vegetação do cerrado é baixa, não se esqueça de protetor solar e boné. Fomos descendo ora por trilha, ora pelo rio, e fomos vendo lugares mais lindos que os outros. Surpreendente. Várias cachoeiras, canyons, lagos, cavernas, e aquela água limpíssima cheia de peixes… Um prato cheio para quem gosta de natureza ! Muuuitas fotos !

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O início da trilha é árduo.

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Mas vai melhorando…

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Cada vez mais !

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Várias cachoeiras e lagos !

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Muitos canyons !

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A parte de baixo já é o Paraíso Perdido !

Voltamos para o camping muito satisfeitos, e cansados. Almoçamos e demos uma descansada à sombra dos pequizeiros. Saímos então em busca de mais alguns atrativos (de preferência com entrada grátis, rs). Saímos da estradinha de terra do camping, e pegamos a MG-050 para a esquerda, e vimos um monte de carros parados no acostamento em uma curva. Aí tem coisa ! Paramos também e descemos uma trilha. Então avistamos a bela Cachoeira do Filó, que tem entrada grátis, e um lago enorme ! Mas como tudo que é grátis, estava infestado de gente ! Tinha até uma galera fazendo churrasco lá embaixo ! Mas valeu a pena descer. Depois de ver a cachoeira e o lago, começamos a descer o rio um pouco para ver. Lá na região, parece que qualquer rio é lindo e guarda várias surpresas !

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Cachoeira do Filó

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Olha a galera no canto esquerdo da foto

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Descendo o rio

Voltamos para o carro e continuamos pela estrada. Paramos também no lago de Furnas (que está quase sempre ao lado da rodovia), em um lugar onde tinha um pessoal nadando. Também com entrada gratuita, ficamos ali um pouco, e a água, como sempre, limpíssima !

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Lago de Furnas

Voltando para o camping, passamos no Restaurante Espelho D’água na beira da MG -050 e pedimos uns garfos e colheres de plástico (esquecemos os nossos em Bauru, rs), e o atendente, super prestativo nos entregou alguns… Voltamos para o camping, tomamos banho e colocamos blusa, calça e meias, mas não por que estava frio, mas por causa dos pernilongos ! Como não levamos grelha nem espetos, achamos um pedaço grande de pedra São Tomé (que lá tem aos montes), lavamos bem e usamos ela como chapa para fazer nosso jantar! Sem frescura! E olha que ficou muito bom ! E comemos com os talheres de plástico (rs).

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Chapa que nada, churrasco é na pedra !

 Fomos dormir, e, no sábado acordamos bem cedo, e já consegui uma foto bacana de uns passarinhos no pé de pequi.

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Depois do café, pegamos o carro, e fomos conhecer a região. Seguimos rumo à cidadezinha de Guapé, também às margens do lago. Fomos até Capitólio, e de lá percorremos cerca de 30km por estradas de terra, com paisagens lindas, até chegar à beira do lago. Lá esperamos pela balsa que faz a travessia até a cidade de Guapé (sem pegar a balsa, o trajeto tem mais de 100km). A balsa custa R$6, e leva cerca de 6 carros cada viagem. A travessia demora uns 20 minutos.

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Paisagens da estrada

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Travessia de balsa

Chegamos na cidadezinha, que é bem pequena. De lá fomos por estrada de terra (12km) até o Parque Ecológico do Paredão. A entrada custa R$10 por pessoa e o local tem uma boa estrutura: Camping, com um bom gramado e sombra, pias, churrasqueiras, banheiro, quiosques, um grande restaurante… Mas estava muito lotado, e muita bagunça e som alto na área de camping. Seguimos então para a trilha da cachoeiras, que é o grande atrativo do local.

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Área de camping do Parque Ecológico do Paredão

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Começo da trilha

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Primeira cachoeira

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Segunda Cachoeira

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Vista da terceira cachoeira – O lago de Furnas lá no fundo

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Almoçando

Voltamos a trilha, encontramos um lugar um pouco mais sossegado na área de camping do parque e fizemos almoço. Comemos e voltamos. Guapé, balsa, e mais 30km de terra. No caminho de volta ainda tentamos achar algumas cachoeiras que vimos no mapinha que tinha imprimido em Bauru, mas não achamos nada. Fica pra próxima. Já em Capitólio, passamos no mercado e compramos repelente, passamos também em uma peixaria na saída da cidade e compramos uma tilápia de 1,5kg para o jantar ! Voltando para o Camping Pé da Serra, muuuita chuva. Chegando lá, toda a lenha que eu tinha separado estava encharcada, e como sofri para acender o fogo. Nossa sorte foi a família que estava acampada lá nos deu um pouco de álcool para acender o fogo. Depois de um bom tempo (até a lenha queimar e o peixe descongelar), comemos um banquete de peixe e fomos dormir de barriga (muito) cheia !

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Tilápia na pedra !

E no outro dia acordamos tarde, tomamos café, desmontamos tudo, e voltamos pra Bauru. Ah, no caminho paramos no Novo Shopping em Ribeirão Preto. Tudo bem, não tem nada a ver com o resto do passeio, mas almoçamos por lá e passeamos bastante na loja de esportes Decathlon. Depois, voltamos pra Bauru !

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