ESPECIAL – FAZENDA NACIONAL DE IPANEMA

Essa foi uma viagem que eu e a Mi fizemos há mais de 10 anos, o Revolteio ainda nem existia, mas é claro que já gostávamos de viajar, e quando recebemos o convite para ir passar um fim de semana na casa dos tios da Michelle em Iperó/SP (próximo a Sorocaba), não recusamos.

A cidade de Iperó em si, não possui muitos atrativos turísticos, e tem aquele modelo bem conhecido de cidade interiorana – uma igreja no centro, uns bares e sorveterias ao redor, uns mercadinhos… Mas a visita à Fazenda Nacional de Ipanema vale a ida à cidade. Como foi há muito tempo, pode ser que algumas informações estejam desatualizadas, mas de forma geral, é um post que vale a pena!

Pequena locomotiva à vapor

A fazenda é muito antiga, e o governo juntamente ao IBAMA mantém o patrimônio do local, onde já funcionou uma grande usina de ferro e aço, e a primeira fábrica de armas brancas do Brasil (Real Fábrica de Ferro Ipanema).

Portal da Fazenda

A visitação turística na fazenda é permitida das 8 às 17hs, de terça à domingo.

Dentro das dependências da fazenda, há uma infinidade de prédios históricos, do início do século XVIII, tanto da indústria (armazéns, fundição, fornos, engenhos, galpões…) quanto casarões e casas dos antigos funcionários do local. Em algumas das casas, ainda moram alguns trabalhadores.

Casas dos funcionários

Para a visitação turística, é cobrado uma taxa de R$8 (atualizado), e no local há um centro de visitantes, área de lazer com quiosques e museus (de arqueologia, minerais e objetos diversos encontrados na propriedade), onde é possível entender a história de como a fazenda se formou. Há também vários caminhos e trilhas que levam os visitantes aos prédios e atrativos, tudo com painéis e placas explicativas.

Interior dos museus

Rochas e minerais da região

O sítio histórico da fazenda possui inúmeros prédios da época da siderúrgica. Talvez o mais famoso seja a Casa das Armas Brancas, (onde entre outras finalidades, eram fabricadas armas e munições para a Guerra do Paraguai) com portas e janelas em arco, todo construído em pedras do Morro Araçoiaba, e, na lateral, uma bela cachoeira (que na verdade é um evasor, para controlar o nível da represa). No interior, há várias máquinas desativadas, movidas por energia mecânica (rodas d’água). É o cartão postal da Fazenda Ipanema.

Casa das Armas Brancas

Outro ângulo

E a cachoeira ao lado

Maquinário

Mais máquinas

Outro prédio interessante é a Casa da Guarda, que foi construída em taipa e pedra para armazenar minerais (ferro). Serviu como prisão, e possui uma grande porta forjada em ferro, em homenagem à maioridade de Dom Pedro II.

Casa da Guarda

Portão em homenagem a Dom Pedro II

Interior

Atrás da casa da Guarda fica a Represa Hedberg, que é formada pelo Rio Araçoiaba, e tinha a finalidade de abastecer a fábrica, e mover as máquinas da mesma.

Represa Hedberg, vista do interior de um dos prédios

Máquinas de origem francesa movidas à água

Também visitamos os Fornos de Cal, os Altos Fornos Germinados e também os fornos para a produção de carvão. Todos muito interessantes

Fornos de Cal

No fundo, os Altos Fornos Germinados

Chaminés

A Antiga Sede Administrativa tinha a função de residência para o diretor da Real Fábrica de Ferro Ipanema. Posteriormente foi construído um sobrado anexo, para hospedar Dom Pedro II em suas visitas à fábrica.

Fornos de carvão

Uma curiosidade da Fazenda Ipanema, é que o passa por lá o Trópico de Capricórnio, e como marco, foi construído um Relógio de Sol. Também na fábrica, foram forjadas 3 grandes cruzes de ferro, que estão como marcos na fazenda.