Continuando a aventura do Revolteio Brasil 2017, agora no Pernambuco! Com direito a um (quase!) perrengue dos bons!
Saímos do Pedra do Sino Hotel bem cedo, com direito a um mapinha feito pelo Sr. Clemente (confira no post anterior). Como não tínhamos nada planejado para ver até Recife, aproveitamos para rodar bastante esse dia.

Estrada, estrada… Já em terras pernambucanas, passamos por Caruaru, aproveitamos para comprar umas bolachinhas temperadas e biscoitos de polvilho nas inúmeras banquinhas na beira da rodovia (petiscos bons e bem baratos por lá), e rodamos mais algumas horas. Chegamos em Recife por volta das 15h.

Tínhamos uma permuta em um tal “boutique hotel” de lá (não vamos citar nomes). Chegamos no local, e depois de dar de cara com um lugar bem diferente do que havíamos visto na internet, e pra piorar, um péssimo atendimento, resolvemos sair e procurar outro local. Enfim, encontramos o Hostel Boa Viagem e ficamos hospedados lá. Preço digno, ficamos acampados no quintal do Hostel (R$30 cada, com café da manhã).

Montamos a barraca, deixamos o carro em um estacionamento em frente, com desconto para o hostel (R$15 a noite), e saímos dar uma volta pela Praia de Boa Viagem, talvez a mais conhecida delas. Praia bonita e limpa, mas cheia de placas de avisos de tubarão! Desnecessário dizer que não entramos na água. Andamos uma horinha por lá, passamos em um mercado, repomos nossos víveres e voltamos para o hostel. Janta, banho, computador e cama!


Nessa altura da viagem, já era dia 26 de agosto. Quase um mês na estrada! Bom, acordamos com muita chuva, desmontamos a barraca aos perrengues, tudo molhado, barro, rs, normal! Fomos pro quiosque do hostel, tomamos café da manhã, conversamos um pouco com um senhor de São Luís-MA e pegamos umas dicas de lá! Coisas no carro, pagamos o hostel, e saímos!
Fomos até o Mercado São José, bem bagunçadão, mas bem interessante. Passamos pelo Centro Histórico, compramos uns cajus, vimos o Marco Zero e várias igrejas e prédios interessantes.







Saímos, já no final da manhã, chuva diminuindo, fomos para a famosa Olinda, cidade histórica colada em Recife. Bom, chegamos de lá, e como de praxe, alguns milhares de flanelinhas e guias turísticos vindo nos assediar. E como de praxe, fugimos dos guias e demos um jeito de não pagar os flanelinhas. Passeamos bastante por lá. Ruas de pedra, ladeiras, casas e sobrados antiquíssimos, igrejas e mais igrejas. E no alto de Olinda, uma vista maravilhosa da cidade. Confira as fotos:





Nos perdemos bastante para sair de Recife, passamos em uma praia muito bonita, e depois por uns lugares bem feios, rs. Mas, enfim, pegamos a BR101 e seguimos viagem.



Ainda paramos em Igarassu, uma cidadezinha com um belo centro histórico, e mais igrejas antigas. E sem flanelinhas cuidando do carro.


E já no final da tarde, seguimos novamente, agora até a Ilha de Itamaracá. Na verdade, nem percebemos que é uma ilha, pois atravessamos de carro até lá. A ilha é bem grande, e tem uma grande avenida beira-mar, com as casas bem espalhadas. Bastante mato e bastante praia.
Visitamos o Forte Orange (ou Forte de Santa Cruz de Itamaracá) , construído em 1630 pelos holandeses. Forte interessante, que, apesar de nada ter a ver com o nome, as pedras da construção são alaranjadas. Pena que algumas partes do forte estavam em reforma, por conta do avanço do mar.



Saímos do forte, paramos perto de um barzinho meio isolado na praia e fomos dar uma caminhada pela areia. Andamos um pouco, e decidimos passar a noite na Ilha mesmo. Perguntamos pra um pessoal, disseram que o local era bem seguro.

Enfim, voltamos pro carro, paramos tomar uma cerveja no quiosque e puxamos assunto com um senhor que estava lá com sua família. Disse que o lugar é bem seguro, e inclusive disse que estava passando uns dias de folga com sua família lá em uma casa alugada. Chamou o dono do quiosque, e conversa vai, conversa vem, o rapaz disse que poderíamos passar a noite no quiosque, o local é bem tranquilo, poderíamos montar a barraca, usar o banheiro, luz, tomada… Perfeito, ficamos super felizes – estrutura de camping, de frente pra praia, de graça!
*** ATENÇÃO! AQUI COMEÇA O (QUASE) PERRENGUE! ***
Anoiteceu, o pessoal começou a ir embora do bar, até que só ficou eu e a Mi lá. Até aí tudo bem, estávamos tranquilos. Montamos a barraca embaixo da parte coberta do bar, luz acesa, fui tomar uma ducha e a Mi ficou fazendo janta no carro.
Eu acabo de sair do banho, eis que chega o dono do bar em uma moto, e outro rapaz com roupa de segurança em outra moto. O dono do bar me cumprimento, e o outro veio com uma conversa… ” – Boa noite, tudo bem? Cara, o lugar aqui não é muito seguro, acho melhor vocês desmontarem as coisas, tem um pessoal que eu conheço de uma casa aqui que pode receber vocês, é mais seguro, me segue com o carro…” (nisso, o dono do bar já tinha ido embora com a moto).

Olhei pra Mi, achamos bem estranho (até porquê há meia hora atrás todo mundo – inclusive o dono do bar – falou que o lugar era seguro, e porquê ele foi embora antes com a moto?). Típica situação com cara de cilada.
Enfim, desarmamos a barraca, botamos as coisas de qualquer jeito no carro, entramos e começamos a seguir o cara. No carro, eu e a Mi concordamos: Tem coisa errada aí!. Seguimos o cara pela avenida principal, mais iluminada. Aí ele virou pra uma rua um pouco mais escura. Eu entrei e já virei o carro no primeiro terreno baldio que vi e saí cantando pneu, a toda velocidade! OBS: O cara nem veio atrás.
Bom, rodamos uns 80km até a próxima cidade (Goiana-PE), paramos em um posto de gasolina seguro, baixou a adrenalina, e dormimos no carro. Ufa!
Continua no próximo post.
Bônus: Flagrante de uma porquice no Forte Orange. Leitor, não seja esse cara!
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