No início do ano fui a trabalho para Itararé/SP, sul do estado, divisa com o Paraná. Já passei algumas vezes pela região, mas, apesar de ter vontade de conhecer, ainda não tinha visitado. Dessa vez deu certo! Apesar de só 2 dias (e ainda algumas horinhas por dia), já conseguir ter uma boa idéia do que tem por lá!
Final do primeiro dia de trabalho, fui ao Parque Municipal da Barreira. Uma grande área verde, com algumas trilhas, e a principal atração: Um rio muito forte que corta as pedras, formando um canyon, onde é possível descer por escadas e caminhos e chegar até perto do rio. A entrada é gratuita.




Outro atrativo do Parque da Barreira é uma gruta, onde há uma imagem de uma santa. Uma vez por ano é rezada uma missa no local, e atrai milhares de turistas!

Apesar de ser um lugar muito interessante e valer a pena a visita, confesso que achei bem abandonado. Muros e instalações pichados, construções depredadas, etc. Poderia estar bem mais cuidado 😦
De lá, saí rumo ao Paraná! Passei a divisa, e logo cheguei na cidade de Sengés! Atravessei a cidade, e seguindo o Google Maps e algumas placas, cheguei à Cachoeira do Navio. Fica bem à beira de uma estradinha de terra (que leva à outras cachoeiras). É possível ver a cachoeira da ponte.
Parei o carro e desci até a primeira queda. Segui mais um pouquinho e cheguei à segunda, bem mais alta e íngrime. Não consegui descer, mas consegui umas fotos legais.



Peguei a Jubiraca e segui pela estrada, ainda seguindo o GPS. Andei bastante, coisa de uns 20km por estradas de terra. Cheguei então a uma curva com uma placa que indicava o início da trilha para a Cachoeira Véu da Noiva. Parei o carro na beira da estrada, e segui a pé pela trilha bem demarcada durante uns 20 minutos.


Cheguei então à cachoeira! Maravilhosa!!! Show, muito bonita mesmo. Um grande lago, e um enorme volume d’água. Como estava um pouco frio, não entrei na água… Mas com certeza voltarei pra lá junto com a Mi e amigos 🙂


Voltei pro carro, e, apesar de já ser bem finalzinho da tarde, arrisquei esticar um pouquinho e conhecer mais uma cachoeira. Depois de uns erros de localização, da estrada já consegui ver a Cachoeira da Erva Doce. Atravessei uma ponte por uma grande represa, parei o carro e peguei a trilha a pé. Já era bem final de tarde, começando a chuviscar, mas como sou teimoso e já estava lá, segui a trilha. Caminhei por uns 20 minutos, por uma trilha bem marcada, mas com alguns pontos de brejo. Enfim, cheguei à cachoeira!

Muito bonita também. Valeu a pena a visita! Um lago raso, e a queda bem alta, a água escorre pelas pedras. Voltei para o carro, cheguei quase à noite!

Voltei pela estrada barrenta, passei por Sengés e cheguei em Itararé por volta das 20h.
No dia seguinte, saí do serviço e toquei para Sengés de novo! Até então o tempo estava bom, então, com ajuda do GPS, chequei na fazenda de eucalipto onde fica a famosa Cachoeira do Corisco.
Na estrada de terra, dentro da fazenda, o GPS indica para parar o carro ao lado de uma porteira amarela de ferro, trancada com cadeado, e seguir a pé. De lá, já é possível avistar o imenso Canyon do Jaguaricatu. Ao lado da porteira, tem um barranco onde dá para entrar com carro (só não sei se carro de passeio consegue voltar,rs)… Desci com a Jubiraca e cheguei no final da estradinha. Logo vi uma trilha. Continuei a pé, e cheguei em um platô de pedra, que forma um mirante natural.


A vista da cachoeira é maravilhosa! Nada menos que 106 metros de queda abrupta, um verdadeiro cartão postal da cidade paranaense. Linda!


Voltei, e segui o passeio. Ainda tentei encontrar um tal de Lago Encantado (na mesma fazenda), mas o GPS indicava para parar em uma porteira, de onde teria que continuar a pé, mas como a caminhada era meio longa e meu tempo era curto, acabei desistindo. Fica pra próxima!
Voltei pela estrada de terra, saí da fazenda e adentrei mais alguns quilômetros no Paraná, chegando pertinho de Jaguariaíva. Nesse momento, já estava chuviscando. Mas continuei, e entrei em uma estrada de terra. Seguindo as dicas do dono da pousada, o GPS, e mais umas informações de um maluco que passou por mim de caminhonete na mesma estradinha enlameada, fui atravessar o famoso Túnel Fábio Rego (ou Túnel Alagado).
O túnel é muito conhecido pelos jipeiros da região. Foi construído no século passado, e passava uma linha de trem no local. Todo de pedra, dizem que foi cavado na picareta! Então anos depois de sua construção, a estrada e o túnel se encheram de água, e ficou por muitos anos abandonados, até os trilheiros e jipeiros redescobrirem o local. Se seu carro for alto (e de preferência 4×4), e você curte uma aventura, o passeio é imperdível!!!
Fui sozinho, no final da tarde, com chuva. Ainda mais adrenalina!

A estradinha que leva ao túnel, já não é nada convidativa: À direita da estrada de terra, você praticamente já entra com o carro em um “rio”, que na verdade já é a estradinha alagada. Mato bem fechado, e água quase na metade da porta da Hilux!

E fui, atravessando o mato, por aquela água barrenta… Devagarzinho, com o 4×4 engatado, cheguei então na entrada do túnel! Que massa!!! E aí fui! Dentro do túnel, cheio d’água, por cerca de 1km no escuro! Emoção a mil!!! Só parei onde ficava mais raso pra tirar umas fotos.



Fora do túnel, do outro lado, a estradinha segue (e dizem que tem um lugar para manobrar o carro alguns quilômetros à frente. Eu segui um pouco, e virei do jeito que consegui, rsrs. Abri o mato no parachoques, e fui virando na água, estradinha estreita, mato, barro, vish!
Consegui! Aí voltei pelo mesmo caminho. Túnel, e tal! Quanta emoção!!! Recomendadíssimo!!!

E voltei pra Itararé já quase à noite. Passeio demais de bão!
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