Feriadão de 9 de julho chegando, começou a me dar coceira para acampar. Pesquisei na internet uns lugares relativamente próximos, e achei a cidade de Tibagi, no norte do Paraná. Vi que lá tem o Parque Estadual, do Guartelá, onde tem um Canyon. Revolteio, pra lá mesmo. Na sexta à noite, saí da aula às 22h, peguei a Mi e as malas em casa e fomos. OBS: Em Jacarezinho-PR, tem um pedágio por volta de R$14! Chegamos lá por volta das 2 da madrugada. Obviamente não encontramos camping (muito menos aberto, pois o feriado é só em SP, além do frio que estava). Acabamos passando a noite em uma pousadinha “meia-boca”, mas barata. No dia seguinte demos uma volta pela cidade. Reparamos que quase tudo tem “Mercer” no nome, ruas, praças, etc. Conhecemos a praça central, o Museu do Diamante, e vimos que a cidade teve origem com a procura de diamantes do Rio Tibagi (que passa ao lado da cidade e corta o Canyon), inclusive no museu tem muitos objetos relacionados a essa época, até um escafandro utilizado para esse fim.
Praça da cidade
Uma das fotos do Museu do Diamante
Almoçamos e fomos procurar camping. Fomos até o centro de informações turísticas (e bem próximo tem um loja onde mulheres ficam fiando lã e tecendo), ficamos sabendo do Camping da Dora, e conseguimos pegar a chave do camping com a ela.Mas como estava cedo para montar a barraca, continuamos o passeio. Depois fomos ao mirante do Rio Tibagi, ao Arroio da Ingrata, e à cidade de Castro.
Rio Tibagi visto do mirante
Na cidade de Castro (bem maior que Tibagi), conhecemos o Museu do Tropeiro e a Casa Sinhara (museu dedicado às esposas dos tropeiros) – Muito legal !
Museu do tropeiro
Em seguida, fomos a Castrolanda – Uma colônia de imigrantes holandeses que tem cooperativas, maquinários, galpões, e um gigantesco moinho, que é o Memorial da Imigração Holandesa. No subsolo funciona um típico pub holandês (que por sinal estava todo enfeitado com bandeiras laranjadas, pois uns dias depois o Brasil iria jogar (e perder) – para a Holanda na copa). Ah, o café holandês que tem no pub é sensacional ! Na parte superior do moinho funciona o museu da imigração.
Pub no subsolo do museu
Já quase à noite voltamos a Tibagi e fomos ao camping. Muito frio e muito vento ! O camping fica praticamente dentro do canyon, tem uma cozinha comunitária com fogão a lenha, churrasqueira e pia. Montamos a barraca e jantamos. Como nossa barraca na época era bem safada (barraquinha de mercado) e os sacos de dormir também, passamos um frio inesquecível. Confira AQUI nossas dicas para você não passar por isso, rs.
No dia seguinte acordamos com frio e chuva, desmontamos tudo correndo, e já estávamos no carro prontos para ir embora, mas parou de chover. Fomos então para o Parque Estadual do Canyon Guartelá. A entrada no Parque é gratuita, na portaria tem estacionamento, banheiros e os guarda-parques apresentam um vídeo sobre áreas de conservação aos visitantes. Saímos então para a caminhada até o canyon, que é autoguiada. O parque é muito bem conservado e há calçamento na maior parte da caminhada. No decorrer do caminho há alguns monitores que explicam sobre o local e indicam os caminhos.
Após caminhar um pouco chegamos nos Panelões do Sumidouro – uns buracos no leito de uma corredeira que a água entra e sai por baixo, formando poços para banho (que no verão deve ser muito bom).
Panelões do Sumidouro
Atravessamos mais uma parte de trilha na mata, sempre limpa e bem sinalizada. Enfim chegamos ao mirante do Canyon Guartelá. Maravilhoso, a vista é impressionante.
Voltamos para Bauru com vontade de conhecer mais Tibagi. Dois anos mais tarde fomos até lá novamente, confira AQUI !
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