PRUDENTÓPOLIS/PR – ABR/2012

Revolteio saindo de Bauru na quinta à noite para aproveitar o feriado de Páscoa e conhecer uma cidadezinha paranaense chamada Prudentópolis. Havia pesquisado sobre essa cidade, que além de ser um paraíso para quem gosta de cachoeiras, tem uma fortíssima influência ucraniana. Mais de 70% dos moradores tem essa descendência. Como chegamos muito tarde (por volta da 1h da manhã), não procuramos camping. Ficamos no Hotel Burack, com atendimento e instalações muito boas, um bom café da manhã e preço justo. Na manhã de sexta-feira, acordamos cedo e demos uma volta pela cidade. É muito interessante, algumas construções são bem diferentes das que estamos acostumados a ver. Alguns nomes de ruas também, muito diferentes. Conhecemos a belíssima Igreja São Josafat, que tem a arquitetura ucraniana. Demos a sorte de irmos lá na páscoa, que é uma das datas comemorativas mais interessantes da cidade. Tivemos a oportunidade de assistir uma missa em ucraniano. Algo curioso é que o padre reza virado para o altar.

 Igreja São Josafat

 

Oratório atrás da igreja

 

Missa de Páscoa – Igreja cheia 

 

Nesse dia, como é costume por lá, as pessoas levam cestas com pães e alimentos que serão consumido no almoço de Páscoa para serem abençoados – como nós já tínhamos comprado umas coisas no mercado para preparar o almoço, entramos nessa também !

 

Cestas com os alimentos

 

Passamos em um açougue bem famoso por lá, que vende diversas carne e embutidos consumido na Ucrânia. Fica a dica: Experimentem a Krakóvia, uma espécie de salame que vendem por lá – muito bom! Fomos então procurar o Camping Perehouski, que fica fora da cidade, e é muito limpo e organizado. Os donos são super atenciosos. Dentro do camping tem um rio com umas pequenas quedas e também um pequeno canyon. Vale a pena conhecer, até porquê quem não está acampado e quiser conhecer paga à parte. No local há vários quiosques, com churrasqueiras e pontos de luz, banheiro com chuveiro quente e é bem arborizado. O rio passa ao lado dos quiosques.

 

 Área de camping

 

 Corredeiras

 

 Cachoeira no camping

 

Canyon

 

Depois do camping, fomos ver o que a cidade tem de melhor: Cachoeiras! Começamos conhecendo uma cachoeira não tão conhecida, e na verdade são duas. Uma de frente para outra. O Salto Mlot e São Sebastião (ou Saltos Gêmeos).  Chegando no local, fomos recebidos apenas por uma senhora, em uma casinha de madeira bem simples. Ela nos indicou o caminho, que por sinal é uma trilha bem íngreme, em mata fechada. Os saltos são muito altos, e o fluxo de água é pequeno (a água apenas escorre pelas pedras). Mas a vista lá é maravilhosa. Dois penhascos, um de frente para o outro. Obs: Quando fomos tinha pouquíssima água.

 Entrada da propriedade

Trilha para descer 

 

Salto

Na mesma tarde, fomos conhecer o Salto São Francisco. Para chegar lá, existem duas maneiras: Ir até Guarapuava e voltar um pedaço (tudo asfaltado, melhor opção) ou pode ir direto de Prudentópolis (caminho muito ruim, que nós escolhemos, rs). Uma pirambeira só. Mas chegamos. Essa cachoeira é nada menos que a maior cachoeira da região sul, com 196 metros de queda livre. Ela fica em um parque municipal do município de Guarapuava, e é bem organizado e limpo. Tem estacionamento e um mirante para a cachoeira. Tem também uma trilha que leva até o rio da cachoeira, na parte superior, que por sua vez tem uma cachoeira um pouco menor. A entrada é gratuita e o passeio é imperdível !

Entrada do parque municipal

Salto São Francisco, com 196 metros

O canyon onde fica a cachoeira

A queda de cima do salto 

Voltamos já à tardezinha para o camping e passamos uma noite muito fria ! No dia seguinte, fomos até a cidade para conhecer melhor esse pedaço da Ucrânia no meio do Paraná. Em frente Igreja São Josafat de manhã estava tendo uma feira, com algumas barracas vendendo Pêssankas, que são ovos (de verdade, mas só a casca) pintados à mão, todos decorados (cada desenho tem um significado). Depois, ainda fomos em um museu da imigração ucraniana da cidade. Tem roupas, documentos, instrumentos musicais, fotos, etc. Também tem informações sobre como os imigrantes desenvolveram a cidade. Atualmente produz fumo e erva-mate.

Maquete da Igreja São Josafat

Um Pêssanka gigante !

Roupas tradicionais da Ucrânia

À tarde fomos conhecer o  Salto São João, que é outra cachoeira muito alta, com cerca de 80m e uma vista incrível. Chegamos em uma fazenda e, paramos o carro e andamos uma trilha leve para chegar à parte alta da queda. Depois, com o carro, fomos até um mirante com vista para a queda inteira. Sensacional !

Parte de cima da queda

 Canyon da cachoeira

Salto São João visto do mirante

Seguimos então à próxima cachoeira: O Salto Sete. Depois de procurarmos bastante por estradinhas de terra e pedir informações à torto e à direito, e, seguindo indicações, e pulando uma porteira, chegamos ao salto. Só conseguimos ver da parte de cima. Parece a “Janela do Céu” (Post Sul de Minas Gerais – 2009). Voltando para o Camping, ainda conhecemos o Recanto Cassiano, um bar e camping localizados em um rio com várias corredeiras e quedas. Achei um pouco abandonado e sujo, mas o lugar em si é legal.

Salto Sete

Bar no Recanto Cassiano

 Rio no Recanto Cassiano


Chegamos ao camping à tardezinha, e à noite fomos à cidade. Em um gramado em frente à Igreja São Josafat, no sábado à noite (anterior ao Domingo de Páscoa) acontecem apresentações de música, dança e teatro com grupos locais representando a cultura ucraniana.

 

Local onde acontece o evento

Grupo se preparando

 Dança!

No domingo acordamos e fomos conhecer mais cachoeiras. A propósito, Prudentópolis é conhecida como “Terra das cachoeiras gigantes”, pois a maioria delas tem mais de 80 metros de altura! Fomos até o Salto Barão do Rio Branco, também muito alto. A entrada é gratuita e é uma das cachoeiras mais conhecidas da cidade. Há uma barragem na parte de cima, e uma escada interminável até a parte de baixo da cachoeira. Lá em baixo tem uma antiga usina. O salto é incrível, a água cai com muita força. Tem um lago bem grande, e dá para sentir as gotinhas de água na margem do lago.

Escada sem fim

 

 Antiga usina

 

 Salto Barão do Rio Branco

Depois fomos ao Recanto Rickli, conhecer o Salto Manduri. O recanto é super limpo e organizado (se cobra entrada), tem churrasqueiras, área de camping, lanchonete, piscinas, etc. Vimos o Salto Manduri de longe, poi havia um alambrado que não permitia a entrada (não entendi o motivo). Então, tiramos umas fotos e voltamos para Bauru.

Área de camping e quiosques

 

 Bar e piscina

 

Salto Manduri

Veja mais belezas do interior do Paraná AQUI.

Gosta de cachoeiras? Confira este post sobre Botucatu/SP.

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