Saímos de Belém de manhã (veja no post anterior), e pegamos a estrada. Acho que o dia que mais dirigi na viagem. Muita estrada. Começamos a descer o longo estado do Pará. Paramos poucas vezes, para comprar farinha, abastecer e ir ao banheiro, tudo bem rápido. Por volta das 14h entramos novamente no estado do Maranhão. Mais algumas horas, e paramos em Imperatriz/MA, abastecemos, passamos em uma farmácia, e estrada. Paramos para uma foto de um pôr-do-sol maravilhoso no Rio Tocantins. E finalmente, chegamos em Carolina, já no sul do estado às 19h.

Fomos super bem recebidos na Pousada do Lajes. Descarregamos nossas coisas e saímos para uma voltinha na cidade. Jantamos na lanchonete “Tio Pepe” e voltamos pra pousada, banho e cama.
A pousada é muito boa, organizada e com um atendimento de primeira. Tem piscina, um grande quiosque onde é servido o café da manhã, quartos limpos ar-condicionado, frigobar, muito bom. E é claro, o proprietário Vilmar e sua esposa, mega prestativos, nos ajudaram e muito em nossa passagem pela Chapada das Mesas!




Café da manhã, muito bom na pousada. Saímos com o carro, e fomos ao Complexo Turístico Pedra Caída, a alguns quilômetros da cidade. O parque é um resort, cheio de piscinas, cachoeiras, atrativos naturais, etc. Paga-se uma taxa de R$60 por pessoa para entrar e usar as instalações do resort (piscinas, quiosques, banheiros…). Para ir às cachoeiras e outros atrativos naturais, existe uma agência terceirizada dentro do resort que faz os passeios, que são pagos à parte, em geral R$20 a R$30 por pessoa.


Falamos com os guias e fizemos as inscrições. Fomos só eu, a Mi e o guia na Cachoeira Caverna. Nos levou de de 4×4 até a boca da caverna por uns 6km. No início da trilha (curtinha, em tablado) vimos uma árvore de cajuí (um tipo de caju bem miudinho) Entramos na caverna, com a água pela canela, e demos de cara com uma cachoeira e um poço de luz. A areia no fundo, vermelha e morna. Nadamos, bem legal. (confira o vídeo)





Fomos então para a Cachoeira do Capelão. Muito mais legal, uma cachoeira que parece um canudo, com um lago bem azul embaixo. Também fizemos um vídeo. A água é tão limpa que dá pra ver os peixinhos nadando do seu lado. Sensacional!
Voltamos pra sede, ficamos uns 10 minutos nas piscinas, comemos lanchinhos e descansamos um pouco. Pegamos então a trilha com um grupo de mais 2 casais até a Cachoeira do Santuário. A trilha segue por tablados de madeira, desce muito, e chega em um canyon com um rio. Então seguimos caminhando pelo rio, bem rasinho, O canyon vai se fechando, e termina um uma cachoeira SENSACIONAL, de uns 70m, que cai dentro de uma câmara que parece um grande tubo. Muita água e muito barulho! A sensação é indescritível, parece outro mundo (veja o vídeo). O único problema, é que como vem muita água em todo o canyon, não consegui muitas fotos legais.






Voltamos, pagamos e fomos pra pousada. Em 1h fomos pra agência Torre da Lua. Conhecemos a proprietária Cínthia, gente boa. Fomos para o Rio Tocantins fazer Stand Up Paddle. Ela nos ensinou e pegamos o jeito rapidinho. Atravessamos o rio remando, água morna e calma. Fomos até a outra margem, e acreditem, fizemos yoga em cima da prancha! Conversamos um pouco e começamos a voltar. Ainda pulamos no rio e brincamos um pouco. Remamos à noite, chegamos na margem já escuro. Recolhemos as pranchas, fomos pra agência e conversamos um pouco. Eu e a Mi ainda passamos numa lanchonete e comemos um tambaqui frito. Show. Voltamos pra pousada, banho e cama.




Acordamos cedinho, café da manhã, dia de passeio! Chegou o guia da agência Ecotrilhas para nos levar para os passeios (tudo pago pela agência). Fomos com a Montana. Passamos abastecer, e 1h depois, estávamos no maravilhoso Poço Azul. Logo, uma caminhonete 4×4 nos pegou junto com o guia e mais um casal e fomos pro Encanto Azul. Descemos uma trilha e uma escadaria, e chegamos no poço. Muuuito legal, uns paredões, uma caverna e um lago azul sem igual! Muitos peixinhos, fiz muitas fotos e vídeos. Nadamos 1h mais ou menos, e pegamos o 4×4 de volta.




Paramos então no Poço Azul, muito bem estruturado, com restaurante, as trilhas, área de descanso, banheiros, etc. Almoçamos peixe (muito bom, cortesia). Começamos então a descer com o guia. Passamos pela cachoeira Santa Paula, com um lago verde, mas não paramos.



Descemos até a enorme cachoeira Santa Bárbara, muito alta, 76m e um lago enorme embaixo. Água fria, mas o local, maravilhoso! Nadamos um pouco e ficamos ali conversando um pouco com o guia.

Continuamos a caminhada e chegamos no incrível Poço Azul. Lindo! Muito verde, limpíssimo. Dá pra ver tudo embaixo d’água, e tem uma cachoeira que deságua no lago. Impressionante tanta beleza no meio do cerrado, seco e quente! Nadamos bastante, mergulhamos, muitas fotos. Bom demais!



Lá pelas 15h saímos de lá, pegamos o carro e voltamos pra Carolina. No caminho, paramos nas cachoeiras do Itapecuru. Pagamos $10 cada, no local funcionava uma hidrelétrica. O guia nos levou ver a antiga barragem, e o rio que forma a cachoeira. Lá embaixo, há 2 cachoeiras (Gêmeas), uma ao lado da outra, e um lago. Nadamos, tiramos fotos. Voltamos, tomamos um sorvetinho no bar da cachoeira, e chegamos em Carolina.



Deixei o guia na casa dele, e chegamos na pousada. Arrumando o carro, achei meu óculos (tinha perdido, lembra?). Lanchinhos, banho e cama. Aff, que canseira!
Acordamos e tomamos café. Arrumamos nossas coisas e fizemos check-out na pousada. Conversamos bastante com os proprietários Vilmar e sua esposa. Ele sugeriu para que fôssemos no Pedra Caída novamente, conhecer mais umas cachoeiras de lá. Chegamos no parque, entramos e agendamos o passeio para a cachoeira da Pedra Furada. O guia, muito ruim, foi na frente o caminho todo, sem falar nada. Pra quê um guia desses? Enfim, a trilha, cerca de 1km por plataformas de madeira, e a cachoeira, muito legal. Tipo um canyon, bem fechado, a água cai tipo um canudo, de cerca de 60m, com um poço legal embaixo. passamos também na Cachoeira da Lua, menor, e com menos água, mas legal. Voltamos, e reclamei do guia na agência.




Tomamos um lanche no carro, enrolamos um pouco, e por volta das 14h saímos para o outro passeio. Saímos de 4×4 com outro guia, um casal e a filha. Percorremos uns 15km por cerrado, e agora, com outro guia, atencioso e explicando as coisas! Paramos em uns poços para banho, bem legais, pequenos e bem limpos. Passamos no Poço Merin, e no interessante poço “Sonrisal”, que é bem fundo, mas borbulha muito e não deixa afundar.


Passamos na cachoeira da Porteira, e também pela cachoeira do Garrote (uns 10m, legal, dá para passar por trás dela).



Voltamos, pagamos e fomos embora. No caminho, paramos na entrada para o Portal da Chapada. Não tinha ninguém, e entramos. Começamos a fazer uma trilha autoguiada, que estava levando para longe do morro. Voltamos ao início e começamos a subir o morro. Trilha bem íngreme. Chegamos no topo. Com dificuldade, tiramos umas fotos e descemos. Chegamos no final já anoitecendo, e o Beto, dono da propriedade estava lá. Conversamos com ele sobre o blog, ele sugeriu que fizéssemos a trilha maior na segunda-feira com ele. Explicou sobre o local, etc, e acabamos concordando.






Voltamos para a Pousada do Lajes, dormimos. No domingo, acordamos cedinho, tomamos café e fomos pra agência Torre da Lua. Chegou mais um casal, o guia, pegamos um kit de lanche e saímos. passamos a balsa (entramos no Tocantins), andamos uns 20km e chegamos na fazenda. Saímos pra trilha por volta das 8h. Andamos bastante, sol, vegetação seca. Passamos por um riacho, e começamos a subir. Subimos bastante, até no primeiro platô. Andamos mais um pouco, chegamos no topo da mesa. Uma vista bem legal, andamos lá em cima, tinha bastante mangaba (mas quase todas verdes), comemos murici do cerrado, e outra frutinha preta chamada puçá.





Descansamos e começamos a descer. A mulher que estava com a gente já estava bem cansada. Passamos no riacho, todos bebemos água, descansamos. Último trecho, calor absurdo. Chegamos bem cansados na fazenda. O outro casal almoçou (mas era $30 por pessoa, nem comemos). Tomamos uma ducha, esperamos o outro casal e saímos. Fomos pra um boteco perto do rio, tomamos uma cerveja e refri, conversamos um pouco, e o guia nos deixou na beira do Rio Tocantins. Veio uma lancha nos pegar, subimos e fomos até a Pedra Encantada, no meio do rio. Eu subi e pulei de lá! 12m!



Comemos novamente no “Tio Pepe”, ainda falei com o Vilmar por telefone, ele conseguiu um desconto pra gente dormir lá mais uma noite. Ele ainda insistiu que fôssemos fazer a trilha do Portal das Chapadas na segunda, mas não aceitamos. Estávamos muito cansados, e tivemos uns problemas com o meu celular, enfim, fomos dormir. Acordamos, tomamos café, arrumamos tudo, e saímos. Mais um dia de estrada! Rumo à Palmas-TO. E aí, tentamos ir para o Jalapão de carro 4×2? Confira aqui!
Nota: A hospedagem do Blog Revolteio na Pousada do Lajes, assim como os passeios oferecidos pelas agências Ecotrilhas e também pela Torre da Lua foram cortesias. Todo o texto e fotografias representam livre expressão sobre o a hospedagem e os passeios.
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