Acordamos, tomamos café, arrumamos tudo, e saímos (confira o post anterior). Mais um dia de estrada! Andamos uns 600km, paramos pra abastecer, e também para tirar umas fotos do Rio Tocantins em uma ponte. Muito bonito!

Parei também pra pegar uns babaçus na beira da estrada. Chegamos em Palmas/TO, a capital mais jovem do Brasil. Rodamos um pouco pelas enormes avenidas, e chegamos no maravilhoso Céu Palace Hotel por volta das 15h. Muito chique, tudo novinho, lindo. O quarto, impecável. Uma vista linda da cidade, frigobar, ar condicionado, etc.




Fizemos o check-in, descansamos um pouco, banho, e saímos ver a cidade. Toda planejada, as ruas são divididas em leste, oeste, norte e sul, e números. Parece Brasília, tudo longe e grande. Fomos até a praça central, vimos uns monumentos, o Palácio do Governo e o Centro Geodésico do Brasil. Muito calor, e tudo bem longe. A praça é muito grande!



Atravessamos a ponte sobre o Lago de Palmas, muito bonito, e voltamos. Ainda passamos na praia do lago, cheia de bares e barcos para passeio.


Passamos em um mercado, compramos umas coisinhas, comemos umas besteiras, e voltamos pro hotel. Mais tarde ainda saímos comer um pastel. Muito cansados. Cama!
Acordamos, café da manhã de filme. Com certeza o mais chique da viagem. Comemos, arrumamos as coisas, check-out e pé na estrada.

Nos perdemos um pouco, abastecemos e paramos em Taquaruçu, seguimos para uma cachoeira (a cidade é bem famosa pelas cachoeiras). Muita terra, chegamos na Cachoeira da Sambaíba. Tinha um lago, mas quase sem cair água.


Na volta da cachoeira, paramos o carro, e conversamos um pouco. Decidimos tentar ir pro Jalapão! Sim, o famigerado Jalapão, o “deserto” brasileiro, onde só chegam os mais destemidos, e ainda de 4×4. Nós, teimosos como sempre, tentaríamos ir com a Montana. No caminho, compramos uma pá, seria muito útil.
Abastecemos o “super” galãozinho de 5 litros do Inmetro, tiramos macaco, chaves, e deixamos tudo no jeito. E fomos. chegamos até Ponte Alta do Tocantins e pegamos uma estrada de 170km de terra em direção à Mateiros.
Poeira, muita poeira, infinitas costelas de vaca e buracos, cerrado, calor, e mais nada nem ninguém pelo caminho. Andamos uns 90km sem problemas. Estávamos tranquilos até então. Aí começou a aparecer uns areiões. Passamos uns, outros, até que encalhamos. Um sol de rachar, e nós cavando, tentando por galhos embaixo, macaco, ré, e nada. E a Montana até o assoalho afundado na areia.
Depois de uma meia hora de sofrimento, passou uma caminhonete do exército que nos tirou do areião. Seguimos, persistentes, teimosos. Mais uns areiões, e uns 20 minutos depois afundamos em outro. Bem maior, e ainda na subida. Um castigo mais que justo para nossa teimosia, rs… Tentamos de novo, todo o procedimento que não funcionou da primeira vez: Cavar em volta das rodas, botar o tapete embaixo delas, cortar galhos e calçar as rodas, marcha ré, etc.
Demorou, mas apareceu um tio de caminhonete, que com muito custo nos puxou. Aí desistimos. A estrada para o Jalapão nos venceu. Demos meia volta, e retornamos para Ponte Alta. Exaustos, fracassados, sujos e morrendo de calor, paramos num riozinho tomar um banho. Como se já não fosse suficiente, a Mi quase foi embora com a correnteza. Ah, e ainda voltando, entortou o aro e murchou o pneu. Desentortei e enchi. Queimei a mão na roda (que devia estar a uns 200º pelo calor)… Moral da história: Jalapão precisa mesmo de 4×4. OBS: Passamos tanta raiva que quase não tiramos fotos, só ficou uma:

Confira aqui nossa viagem ao Jalapão três anos depois, já com carro 4×4 🙂
Continuamos a viagem rumo ao sul. Em Porto Nacional paramos em um posto, tomamos banho e continuamos. Já à noite em um outro posto, percebi que o pneu estava murcho de novo. Putz. Desentortei (de novo) e enchi (de novo). Só paramos em uma pousadinha feia em Natividade da Serra/TO. Ainda arrumei a Montana antes de dormir. Cama.

Acordamos, tomamos um café bem meia boca, e saímos. Ainda passeamos um pouco pela cidadezinha de Natividade da Serra, muitas casas antigas e uma ruína de igreja muito legal. Tocamos viagem.



Asfalto, depois terra. Uns 70km, muita poeira! Entramos então no Parque Estadual do Terra Ronca, já em Goiás. Mais uns bosn km de terra, e finalmente chegamos na casa do Guia Ramiro. Nada menos que melhor guia do parque. Conhece o Terra Ronca e suas cavernas como a palma da mão! A casinha de barro, no meio do cerrado, bem simples. Ele nos recebeu, meio quietão, mas nos deixou bem à vontade. Ele e a família já convidaram pra almoçar. Arroz, feijão e ovo. No fogão de lenha, muito bom.


Ramiro falou pra gente ficar de boa, descansamos um pouco, vimos as maritacas, o tucano (sim, na casa do Ramiro tem um tucano que ama ele e fica solto lá por perto, rs, uma figura).



Eu e a Mi fomos a pé na Caverna Terra Ronca, a pé, pertinho da casa dele. Caverna enorme, muito legal. Andamos por lá, tirei muitas fotos.



Voltamos pra casa dele, e ele nos levou pra Cachoeira do Rio Palmeira. Linda, muito legal. Ele ainda tirou umas fotos pra gente, nadamos bastante. A Mi ainda comprou uma garrafa de mel do cunhado dele. Chegamos na casa, armamos a barraca, jantamos, e fomos dormir.


Acordamos, café com a família, o Ramiro aprontou as coisas, quebrou as pedras de carbureto (sim, usamos carbureteiras! Legal!) e fomos de carro para a Caverna São Bernardo. A caverna, muito bonita, cheia de formações de todos os tipos, bem alta. Vimos onde os rios se juntam, o Ramiro também tirou umas fotos nossas. E o guia Ramiro, explicando e mostrando muitas coisas interessantes (veja este vídeo). Também temos um post sobre cavernas e formações subterrâneas. Confira aqui.








Fomos até o fim da caverna, e voltamos. Bem cansados. Fomos pra casa, almoçamos, fizemos uma horinha, e fomos a pé com o Ramiro para a Caverna Terra Ronca. Na entrada da caverna, há um altar (onde anualmente ocorre a festa da padroeira), e foi lá que o Ramiro casou. O cara gosta de caverna ou não?

Bom, atravessamos toda a caverna Terra Ronca, vimos que ele fez as estruturas e trilhas de lá. Muito legal. Saímos do outro lado e pegamos uma trilha que passa por cima da caverna e sai na frente da casa dele. Tomamos banho, janta e cama.


Café da manhã com eles, e o William, filho do Ramiro nos guiou. Pegamos uma trilha no cerrado, em frente à casa deles, e chegamos na boca da Caverna Terra Ronca 2. Muito linda, com clarabóias, alta, grande e colorida. Rio no meio, show! Muitas fotos.



Em um certo ponto, a Mi escorregou e caiu. Bateu as costas em uma pedra. Ficou toda torta, coitada. Queríamos voltar, mas ela insistiu, e eu e o William ainda entramos um pouco na caverna. Tirei mais fotos, e começamos a voltar.


A Mi andando com muita dificuldade, a gente ajudando ela a subir. Chegamos no alto da trilha, ela desceu pra casa do Ramiro, e a gente foi pra cima da boca da Caverna Terra Ronca. A vista, animal, dá pra ver um cerradão e a boca da caverna. Descemos e chegamos na casa. Almoçamos, ainda conversamos, tiramos uma foto e partimos.



Pegamos a estrada, terra, chegamos em Posse/GO, passamos em um pronto socorro, deram um remédio pra Mi, fizeram raio-x, mas felizmente não deu nada. Compramos um remédio pra ela, e só paramos em Brasília, na casa de um casal de amigos. Nos receberam super bem, comemos, bebemos, violão e muita conversa!
No dia seguinte ainda ficamos lá, descansamos bastante, churrasqueamos com um casal de amigos deles, e no dia seguinte, acordamos bem cedo rumamos pra casa. Um dia quase inteiro na estrada, de Brasília a Botucatu/SP!
Viagem maravilhosa, gente, lugares e experiências inesquecíveis! O Brasil nos surpreende cada vez mais! Valeu!
Nota: A estadia do Blog Revolteio no Céu Palace Hotel foi uma cortesia. Os passeios com o Guia Ramiro, assim como a hospedagem e alimentação em sua casa também foram cortesias. Todo o texto e fotografias representam livre expressão sobre as hospedagens e os passeios.
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