Depois de três anos sem “férias de verdade”, com viagens bem aproveitadas, final de 2022 conseguimos fazer outra viagem pelo Brasil, mais ou menos como fizemos em 2017 com a Montana!
Dessa vez saímos de viagem dia 15 de dezembro e percorremos mais de 12.000km com a Jubiraca (nossa Hilux SW4 ano 95). Foram 12 estados e 35 dias muito bem aproveitados. Visitamos praias, cidades, florestas, conhecemos culturas e pessoas, provamos frutas típicas e pratos regionais. Tudo muito enriquecedor! É claro, tudo com muitas fotos, dicas, curiosidades e é claro, alguns perrengues, que estão todos aqui em nosso blog! Dividimos a viagem em 11 posts para facilitar a leitura!
Depois de ajeitar o carro, dar uma boa revisada e mais de uma semana de arrumação das malas, saímos de Botucatu em uma quinta de manhã. A idéia inicial era percorrer toda a famosa Estrada Real em SP e MG, pelo caminho velho. O que não sabíamos, é que para percorrer a Estrada Real com precisão, é preciso atravessar trechos muito complicados – diria até impossíveis – de percorrer de carro. Inclusive a nosso carro sendo 4×4. Enfim, em um determinado ponto abandonamos a Estrada Real e mudamos parte da nossa viagem.

Vamos lá então. No primeiro dia, percorremos pelo estado de São Paulo por asfalto até Guaratinguetá (de onde começamos a subir a Estrada Real). E fomos. Logo pegamos terra e seguimos, passamos por uma cidadezinha, rodamos o dia todo por estradas de terra, nos deparamos por alguns lugares que não dava para passar de carro (sempre confiando no Google Maps, rsrs)… e já no finalzinho da tarde chegamos em Caxambu-MG. Dormimos lá em um hotelzinho bom com preço bom.
Fia seguinte, seguimos para São João Del Rei (onde já havíamos passado e conhecido mais atrativos em 2009 e também em 2014). Demos uma passada no Mecado Municipal! Vale lembrar que em Minas Gerais não paramos muito porquê além de ser um estado onde já fomos várias vezes, é possível visitar com menos tempo.



Em seguida, seguimos para Barbacena. Na viagem de 2014 tentamos conhecer o Museu da Loucura, mas na ocasião estava fechado. Dessa vez estava aberto e fomos. Entrada gratuita, vale a pena a visita.

No local funcionou um Hospital Psiquiátrico de 1903 até o final da década de 80. Ali os internos eram tratados com extremo descaso, por muito tempo foram aplicados choques elétricos e tratamentos completamente desumanos. O local contém fotos e itens que contam a história do local e um pouco do que os internos passavam.


Uniformes que os internos usavam



Após a visita ao museu, seguimos viagem pela tarde toda em direção a Catas Altas, ainda em Minas Gerais. No caminho paramos na Cachoeira do Itatiaia, que fica bem próxima das margens da rodovia, porém, chegamos na parte de cima da cachoeira, ou seja, não vimos a queda, rs.


Já à noite, estávamos em Catas altas. A cidade é histórica, muito bonita e relativamente próxima de Belo Horizonte, bem turística. Ou seja, tudo bem caro. A cidade estava linda, toda enfeitada com luzes de natal. Os hotéis e pousadas, apesar dos preços estavam bem lotados, seja por turistas, seja por funcionários das muitas mineradoras da região.

Antes de nos hospedar, procuramos muito por pousadas baratas, inclusive fomos até a cidade vizinha , Santa Bárbara, mas as pousadas de lá também estavam lotadas. De lá conseguimos falar no Camping Daora, em Catas Altas, onde o quarto estava com um preço razoável. Voltamos pra Catas Altas e chegamos no camping. Conhecemos o dono, Zé Maria, gente boa, além de proprietário do camping/pousada é escultor. As obras dele, em madeira ficam espalhadas pelo local.

No dia seguinte acordamos cedo e fomos para o Santuário do Caraça, atrativo mais famoso de Catas Altas.
Até lá, estrada asfaltada. O valor da entrada no Santuário é de R$30,00 por pessoa. O Santuário, atualmente é utilizado somente para visitação turística. Tem mais de 400 anos, bem preservado, histórico. No local funcionou a primeira escola de Minas Gerais.

O Santuário fica encravado em meio à montanhas rochosas da Serra do Saraça. Isolado, sem cidade ou povoados próximos, desponta em meio à paisagem do cerrado mineiro. Existe também a possibilidade de se hospedar no santuário (bem caro, por sinal, rs) e à noite é possível ver um lobo-guará bem de perto, quando ele vem se alimentar na escadaria da igreja.


É possível visitar vários aposentos do santuário, como capela, igreja, o jardim interno e até as catacumbas (subsolo). O local possui centro de visitantes, banheiros, placas indicativas, muito bem estruturado. É possível fazer a visita sem guia. Também existem trilhas ao redor do santuário.



Visitamos as piscinas naturais. Dá para chegar com o carro, sem fazer trilha.


No meio da tarde, saímos de viagem novamente. Pegamos muita chuva no caminho, tinha locais da estrada que parecia um rio!

Paramos já à noite para dormir em Teófilo Otoni, já no norte Minas Gerais. Ficamos hospedados no Hotel Beira Rio. Bom custo/benefício. No dia seguinte tomamos café da manhã e saímos em direção ao sul da Bahia. Na estrada, paramos para tirar umas fotos das gigantescas pedras na beira da estrada, entre Teófilo Otoni e Nanuque-MG.


Entramos na Bahia, e agora continua no próximo post!
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